Um novo estudo mostrou que as pessoas que seguem uma dieta saudável e sustentável, chamada “dieta da saúde planetária“, podem reduzir significativamente o risco de morte prematura, além do impacto ambiental. O trabalho, liderado pela Escola de Saúde Pública Harvard TH Chan, é o primeiro a avaliar os efeitos desse tipo de alimentação e foi publicado na segunda-feira (10) no American Journal of Clinical Nutrition.
A dieta da saúde planetária é um tipo de alimentação criada por uma equipe internacional de cientistas para melhorar a saúde e garantir a produção sustentável de alimentos, reduzindo os danos ao planeta. Ela se baseia no corte pela metade do consumo de carne vermelha e açúcar e no aumento da ingestão de frutas, legumes e nozes. A dieta foi apresentada pela primeira vez em estudo publicado na revista científica The Lancet, em 2019.
A nova pesquisa usou dados de mais de 200 mil mulheres e homens inscritos no Nurses’ Health Study I e II e no Health Professionals Follow-Up Study. Os participantes não apresentavam doenças crônicas graves no início do estudo e preencheram questionários dietéticos a cada quatro anos por até 34 anos. As dietas dos participantes receberam pontuações com base na ingestão de 15 grupos de alimentos, incluindo grãos integrais, vegetais, aves e nozes, para quantificar a adesão à dieta de saúde planetária.
O estudo descobriu que o risco de morte prematura era 30% menor nos 10% dos participantes que mais aderiram à dieta sustentável e saudável, em comparação com aqueles 10% cuja adesão foi menor. Segundo os pesquisadores, todas as principais causas de morte, incluindo câncer, doenças cardíacas e doenças pulmonares, foram menores entre aqueles com maior adesão a esse padrão alimentar.
Além disso, os pesquisadores descobriram que aqueles com maior adesão à dieta da saúde planetária apresentavam um impacto ambiental menor do que os participantes com menor adesão, incluindo 29% menos emissões de gases com efeito estufa, 21% menos necessidades de fertilizantes e 51% menos utilização de terras agrícolas.
“As descobertas mostram quão interligadas estão a saúde humana e a saúde planetária. Uma alimentação saudável aumenta a sustentabilidade ambiental – que por sua vez é essencial para a saúde e o bem-estar de todas as pessoas na Terra”, afirma Walter Willett, professor de epidemiologia e nutrição e autor correspondente do estudo, em comunicado à imprensa.
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