Especialista diz que o porquê se come sempre é mais importante do que se come
A biomédica e nutricionista Andreia Argente comenta que as pessoas precisam ter em mente a importância de se fazer a higiene do sono, pois noites maldormidas podem influenciar no emagrecimento e em outras questões de saúde. Ela lembra que as refeições devem ser feitas pelo menos duas horas antes de dormir, já que o sangue se desloca para iniciar o processo de digestão. Ademais, como aponta a especialista, o metabolismo à noite pode ficar mais lento devido à função digestiva, outras distribuições hormonais e também pelo processo do sono.
Quanto às atividades físicas, se a pessoa só pode praticá-las ao anoitecer, e além disso, para manter uma alimentação equilibrada, a nutricionista orienta a reposição de micronutrientes, como alguns aminoácidos, e uma base de alimentação mais proteica. Ela também destaca que é fundamental a hidratação antes e durante os exercícios, no entanto, é bom que o indivíduo evite se hidratar após o treino para não atrapalhar a qualidade do sono.
Comer à noite depois de um determinado horário
Para Andreia, o essencial é saber o motivo pelo qual está comendo. Para exemplificar, ela cita uma demanda energética conforme o ritmo de vida do indivíduo, que gasta mais energia pela manhã ou à tarde. A nutricionista enfatiza que a pessoa pode, sim, ter alimentos que fazem a distribuição e disponibilidade energética, porém, acompanhados sempre de fibras para não descarregar esse índice glicêmico de uma vez na corrente sanguínea. “À noite, pode-se ter alimentos mais leves, proteicos, para que você não tenha um sono tão pesado, que seja tranquilo, com menos interrupções, ainda que não haja um despertar”, esclarece. A nutricionista ainda acrescenta que uma boa noite de sono é primordial para manter a boa forma.
Comer à noite pode desacelerar o metabolismo
Como observa Andreia, de acordo com o tipo de alimento, a resposta do metabolismo difere. Segundo a nutricionista, o carboidrato sempre tem prioridade metabólica, mas isso independe das calorias. “É diferente você consumir 100 calorias de um chocolate, por exemplo, do que 100 calorias de um pedaço de bife. Já as proteínas têm funções diferentes. Por isso existem as funções dos alimentos. Alguns vão fazer só o acúmulo de gordura e não serão aproveitados para funções metabólicas, orgânicas ou construtoras, só fazendo engordar”, explica.
A especialista reforça que a composição daquele alimento, não necessariamente pelo horário, mas por conta do que você está consumindo, dispara uma carga glicêmica (insulina), que se estiver elevada naquele organismo, faz diferença.