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    Home»Covid19»Covid, cinco anos. Os protagonistas da crise: ‘O futuro é incerto com o negacionismo’
    Covid19

    Covid, cinco anos. Os protagonistas da crise: ‘O futuro é incerto com o negacionismo’

    meioesaudeBy meioesaude8 de Abril, 2025Sem comentários6 Mins Read
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    Era mais um domingo e muitas reuniões familiares permaneciam sem previsão de volta por causa da circulação do vírus da covid-19 e da falta de um imunizante para proteger a população brasileira. Como já era comum naqueles tempos, reuniões da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) eram transmitidas ao vivo e a decisão daquele 17 de janeiro de 2021 seria sobre a liberação ou não da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.

    Foi aprovada. E, para a surpresa dos brasileiros, a primeira vacinação contra o novo coronavírus ocorreu logo na sequência. No palco, a representação de quem lutava contra o vírus e da população mais vulnerável à infecção: uma enfermeira com comorbidades, que celebrou a dose como os atletas ao erguer um troféu. Seu nome: Monica Calazans.

    Houve um escalonamento até a ampliação da oferta de doses. Profissionais de saúde, idosos e demais públicos prioritários. A imunização das crianças teve entraves daqueles que eram contrários à vacinação contra a covid sem nenhum embasamento científico — pelo contrário, o que acabou atrasando a oferta do meio mais eficaz de evitar casos graves e mortes. Mas a proteção avançou e livrou famílias do sofrimento da perda precoce, embora o vírus ainda faça vítimas até os dias atuais.

    Desde 11 de março, dia em que a declaração de pandemia para covid pela Organização Mundial da Saúde (OMS) completou cinco anos, VEJA publica a série “Covid, cinco anos. Os protagonistas da crise”, que conta os bastidores da emergência sanitária e traz as lembranças de quem sobreviveu ao vírus, trabalhou salvando vidas e lutou pela vacina.

    No primeiro episódio, tivemos o relato da cirurgiã coloproctologista Angelita Habr-Gama, de 92 anos, que passou 52 dias internada na UTI e venceu o vírus. O segundo abordou as chegadas e partidas testemunhadas pelo pneumologista Artur Codeço, diretor médico de Cuidado Integrado Acessível do Einstein que atuou como referência técnica no hospital de campanha erguido no Estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo. O terceiro teve o relato do infectologista Esper Kallás, atual diretor do Instituto Butantan que, no auge da pandemia, integrou o Centro de Contingência para o coronavírus do estado de São Paulo. E o quarto teve as considerações do hematologista e professor da Universidade de São Paulo (USP) Dimas Covas sobre a alegria da possibilidade de proteger a população brasileira contra o vírus com a vacina, quando esteve à frente do Butantan.

    Neste quinto episódio, trazemos a primeira pessoa vacinada no Brasil. Mulher, mãe, preta, enfermeira e com diagnóstico de diabetes 2 e hipertensão, Monica Calazans se tornou um símbolo de resistência contra o negacionismo e do lema “vacinas salvam vidas”. “Foi o segundo dia mais marcante da minha vida, porque pude provar que a única coisa que tínhamos de fato para combater o vírus era a vacina. O primeiro foi o nascimento do meu filho.”

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    a mesma maneira que penso que foi um alívio ter sido vacinada naquele momento, vem um sentimento de tristeza. Quantas pessoas perdemos por causa do vírus… Sinto alegria porque conseguimos, aos trancos e barrancos, vencer a doença, mas perdi amigos e conhecidos próximos por não ter a vacina a tempo de salvar as pessoas.

    Fui trabalhar no Instituto de Infectologia Emílio Ribas por uma necessidade de profissionais, era um contrato por tempo determinado por causa da pandemia. Nessa época, eu tinha dois empregos. Aquele era um hospital totalmente diferente do que já tinha trabalhado, focado em infectologia e onde estava tendo o epicentro dos cuidados com os infectados.

    Embora eu estivesse há muito tempo na saúde pública, porque trabalhei durante 33 anos no Hospital das Clínicas, o número de mortes era assustador. Pegava o plantão com o paciente conversando e podia entregar com ele intubado ou em óbito. A evolução era uma incógnita.

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    Naquele momento da doença, o papel dos profissionais da saúde era dar acolhimento, porque a doença trouxe o distanciamento dos familiares e os pacientes estavam vulneráveis, fragilizados e inseguros.

    Nós estávamos expostos o tempo todo. Meu irmão é técnico de enfermagem e tínhamos todo o cuidado ao voltar para casa. E conseguimos não levar o vírus para ninguém e também não peguei.

    No dia 17 de janeiro, estava de plantão e a chefia falou que estava tendo a votação para aprovação emergencial e que participantes da pesquisa clínica teriam de ir para serem imunizados. Fui para o auditório, estava sentada do lado de uma médica. Ela tirou o celular da bolsa e falou: “Olha quem vai tomar a primeira dose”.

    No que ela me mostrou, a equipe foi me procurando, entrei e foi a emoção que existe até hoje. Eu fui pega de surpresa e aquele foi o segundo dia mais marcante da minha vida, porque pude provar que a única coisa que tínhamos de fato para combater o vírus era a vacina. O primeiro, claro, foi o nascimento do meu filho.

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    Como tenho as comorbidades que a maioria dos brasileiros tem, diabetes e hipertensão, pude provar que o imunizante era seguro para quem tem essas doenças. Só depois descobri que estava no grupo placebo do estudo.

    Não entendo como existem pessoas que ainda não aceitam as vacinas. O triste é que as pessoas ficam preocupadas com o fabricante, mas o importante é que elas salvam vidas. Eu me lembro que, quando era pequena, minha mãe não sabia quem fez nem de onde veio a vacina. A preocupação era evitar que a pessoa tivesse uma doença que pode ser prevenida. Nesse ponto, falta informação, a gente erradicou várias doenças por causa das vacinas.

    Saí do Emílio Ribas em maio de 2022 e, hoje, estou na área acadêmica, trabalho no Centro Universitário FMU como assistente de coordenação do estágio. Cuido do profissional que a gente vai inserir no mercado de trabalho.

    Às vezes, eu tenho muito medo do que a população pode passar, porque tivemos um exemplo muito grave que foi a pandemia. Ninguém esperava pelo que aconteceu e ficou claro que o futuro é incerto com o negacionismo e as atitudes daqueles que não pensam em questões coletivas, mas torço muito para que as pessoas tenham consciência e reflitam sobre o que aconteceu. E para que quem está no lugar de poder e decisão sempre cuide da vida das pessoas.

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    FONTE: Meio e Saúde

    anos cinco covid Crise futuro incerto negacionismo protagonistas
    meioesaude
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