Especialista diz que a alimentação não balanceada pode contribuir para o aumento do estresse, ansiedade e até depressão
A nutricionista Graciele Bazílio esclarece que a nutrição tem uma conexão direta com a saúde mental, pois o que comemos impacta diretamente no funcionamento do cérebro. Ela cita que nutrientes como vitaminas, minerais e gorduras boas são essenciais para manter os neurotransmissores em equilíbrio — aqueles que regulam o humor. “Comer de forma saudável é uma peça-chave para promover bem-estar e clareza mental”, afirma.
Segundo a especialista, uma alimentação equilibrada pode ser grande aliada no controle da ansiedade e depressão. Graciele explica que isso pode acontecer porque alguns alimentos favorecem a produção de serotonina, o famoso “hormônio da felicidade”, e dopamina, que está ligada ao prazer. Ao fornecer os nutrientes certos, o indivíduo mantém esses hormônios em níveis adequados e, de quebra, reduz a inflamação no corpo — um fator que também está relacionado a distúrbios mentais, já que ao cuidar da alimentação, você cuida da mente.
Alimentação
Conforme recomendação da nutricionista, os alimentos ricos em triptofano, como banana, abacate e nozes, auxiliam na produção de serotonina. Ela também indica alimentos ricos em ômega-3, como peixes gordurosos, linhaça e chia, ótimos para reduzir inflamações e ajudar no bem-estar mental.
Já os ultraprocessados, ricos em açúcar e gorduras ruins, devem ser evitados, por poderem gerar picos de glicose, aumentando a irritabilidade e piorando o estado emocional. Eles também influenciam negativamente a flora intestinal, diretamente ligada à saúde mental.
Influência dos nutrientes na ansiedade e depressão
Triptofano: é essencial para a produção de serotonina, que regula o humor.
Magnésio: ajuda a controlar a ansiedade e melhorar o sono.
Ômega-3: atua nas membranas cerebrais, ajudando na comunicação entre os neurônios e diminuindo processos inflamatórios ligados à depressão.
Vitaminas do complexo B: B6 e B12 são cruciais para o equilíbrio emocional e a produção de neurotransmissores.
Orientações para que ansiedade e exageros alimentares não andem juntos
De acordo com Graciele, o primeiro passo é manter uma rotina alimentar estruturada, com refeições regulares e balanceadas, para evitar aqueles picos de fome que podem levar a comer compulsivamente. Outra dica é sempre incluir alimentos ricos em fibras e proteínas nas refeições; eles ajudam a manter a saciedade por mais tempo e, claro, aprender a identificar gatilhos emocionais. “Muitas vezes, comemos para aliviar a ansiedade, mas buscar outras formas de relaxamento, como atividade física ou meditação, pode fazer toda a diferença”, finaliza.